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Mostrando postagens com o rótulo Critica

A tensão pecador versus santo e nossa paranoia: um paralelo do filme Perfume e o Cristianismo

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“ O perfume: a história de um assassino” é o livro que foi adaptado à superprodução do diretor alemão Tom Tykwer no filme “Perfume: a história de um assassino”. O filme que narra à dramática história de vida do personagem Jean Baptiste Grenouille, jovem filho de uma feirante, na idade média, que o abandonara junto a restos de peixes e que carrega consigo um dom natural que o habilita a uma mega capacidade olfativa, possibilitando-o  sentir todos os possíveis cheiros do mundo. O filme mostra a saga do jovem Baptiste em perseguir todos os cheiros e explorá-los, aliado à sua ambição de encontrar aquela nota da essência mais profunda. E que Baptiste a reconhece depois de observar uma linda jovem em sua plena beleza natural. O desfecho rico de detalhes (e claro que eu vou poupa-los deles) apresenta às evidências da essência da natureza humana, quando reunidas todas às notas [essências], ele consegue compor um perfume cuja essência principal exala o poder, a fama, a sens...

Alegria, prazer, felicidade e espiritualidade: uma busca no imediato!

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Diante do excesso de informações. Das muitas seduções do consumo e das múltiplas possibilidades de entretenimento e adrenalina, tudo parece estar em torno de nós e para nós. Mesmo assim, somos assaltados por uma falta de sentido existencial e que imediatamente cuidamos de reprimir ou abafar seu apelo. Outro dia escrevi aqui sobre esse momento de assalto da falta de sentido, pela melancolia, como esse grito para nos salvar do fútil. Reprimir esse grito no interior da casa, não garante que lá fora, pelos telhados do facebook não se ouçam o barulho confuso e ambíguo de nossas queixas. As "redes sociais" é o espaço que substituiu o velho e necessário divã psicanalítico. Entretanto, existem essenciais diferenças entre o divã e as redes sociais. É que no divã se tem o benefício do sigilo, enquanto nas redes sociais você confessa para o mundo inteiro. No divã existe a possibilidade do confronto para a verdade, nas redes se tem o conforto da mentira. No divã ex...

Deus, deuses, humanos e bichanos - o problema da linguagem

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Em Jó 22, versos 2 e 3 diz: Pode alguém ser útil a Deus?/Mesmo um sábio, pode ser-lhe de algum proveito?/ Que prazer você daria ao Todo-poderoso se você fosse justo?/ Que é que ele ganharia se os seus caminhos fossem irrepreensíveis? Muitas são as vertentes teológicas que justificam a ligação do homem com o Divino, com o Supremo ou com Deus. Seja o tronco dessa ligação monoteísta ou politeísta, em dado momento, tudo passa pelo crivo da experiência pessoal de seus fiéis ou cultuadores. É justamente essa passagem, ambígua , que esconde grandes mistérios, mas também revela graves limitações. Aliás, não é mesmo fácil conciliar coisas do Divino (atemporal, incondicional, imprevisível) com coisas humanas (temporais, condicionais e previsíveis). Neste sentido, talvez o politeísmo estivesse à frente do monoteísmo quando mistura deuses e homens na mesma relação, mas, não consegue escapar da crise de temperamento de seus deuses, como as pragas de Apolo e a lança de ...

Deus não está morto, e isto não é problema meu!

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Com tanta coisa acontecendo no Brasil, depois do ouro olímpico para a seleção masculina de futebol, lá estava eu assistindo um filme - motivado seja por que for - que me diz que “Deus não está morto”.  Seja também o título uma resposta a famosa frase do filósofo Nietzsche que diz o contrário ao afirmar que “Deus morreu”-  a verdade é que ao terminar de assistir, me dei conta de que foi mais um daqueles filmes que nós dizemos no final: “nossa, não fui bem na escolha”. O filme que me parecia no início esse jogo competitivo de lógicas em choque, era, na verdade, mais um daqueles enviesados para o público gospel no intuito de fazer prosélitos. E... Sabe...Nada me parece mais anacrônico e ultrapassado que as velhas discussões sobre Deus, coisas de sala de aula que alimenta vaidades sobre quem vence na quebra de braço, a teologia cristã ou a ciência?  A criação ou a evolução? Ora, os amigos que me conhecem e sabem de minha fé pública em Jesus, devem esta...

Positivismo e melancolia: a síntese de todos nós

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Positivismo sem melancolia é como lamber a manteiga do pão, desprezando todo o resto por aquele sabor imediato. Entenda aqui a melancolia como aquela reflexão involuntária tanto quanto inevitável diante das contradições e ambiguidades da vida. A melancolia é quem nos salva do fútil. É quem nos sinaliza a efemeridade da vida; é quem grita para nós todo dia nossa transitoriedade. Já o positivismo é aqui entendido como conceito plástico de mentalização e performance. Não é o mesmo do filósofo francês Comte (séc XIX) que inspirou o contraditório lema de nossa bandeira. Sabe aqueles conceitos "quânticos" de construção da realidade aplicada a técnicas de venda e vendidos como receita para felicidade? Sabe aqueles "dez passos para o sucesso" reciclados em milhões de livros de autoajuda? Não. Não nego a natureza da positividade, como qualidade do que é atitude positiva, otimista (embora otimismo seja outra palavra reciclada pelo positivismo), como sendo um...

Sobre o Ideal de Piedade Cristã

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Alguém me perguntaria se não é contraditório quando falo que sou uma decepção ao “ ideal de piedade cristã” ao passo que convido a andar comigo na senda do Evangelho. Pois bem, estou dizendo que mais que contraditório: eles são antagônicos! Quando falo sobre o “ideal de piedade cristã”, estou me referindo a moral religiosa perpetrada ao longo dos séculos, que maculou e feriu a dignidade de milhares de pessoas, sobretudo MULHERES sobre a ins ígnia dos dogmas, encíclicas papais, postulados, livros, recomendações episcopais e regulamentos institucionais em nome da “santa fé” que reprimiu a sexualidade, criando e reproduzindo os tabus oriundos do paganismo e que estão vigentes até os dias atuais. Ao longo de minha jornada, vi o “ideal de piedade cristã” matar quatro amigos meus que cometeram suicídio para evitarem o escárnio público que sofreriam ao assumirem suas condições homoafetivas. Dos quatro, um deles era pastor. Vi o “ideal de piedade cristã” se tornar minha mai...

O Tempo e a coerência

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O TEMPO é como um velho e instruído escriba que tira de seus pergaminhos leituras novas e velhas e mostra o quanto somos coerentes ou não. Coerência não é para ser cobrada. É para ser vivida e, para tanto, é necessário que o indivíduo  conheça a si mesmo; e saiba quais as motivações que o conduzem e o que está por trás de suas mais "puras" intenções. Precisamos rever nossas convicções. Elas dizem muito do que somos. Não tenhamos medo de abrir mão, desapegar ou se necessário for, perder por causa da consciência. Lá na frente, isso será o nosso quinhão na vida. Fernando Lima.

Blogueira decreta o fim da masculinidade

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Depois do beijo de "homem com H" no João Vicente de Castro chegou a vez de usar o vestido da mulher em festa de aniversário. É... Já não se fazem mais galãs como antigamente. Clark Gable se revira no túmulo ao saber sobre os novos representantes da classe (cujo comportamento esdrúxulo não se restringe aos brasileiros) e Francisco Cuoco deveria mostrar aos garotinhos como é ser macho. Preparem-se para o batom e o salto alto nos próximos capítulos, afinal, quem disse que eles não podem? É o fim da masculinidade. Por Priscilla Aydar: blogueira, é cristã, conservadora, escritora e louca por sapatos e por livros. Diz que não passa de uma mulher comum, daquelas que ainda sonha em deixar um Brasil melhor e mais livre para seus filhos e netos. Escreve em seu Pr(i)ideias