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Mostrando postagens de março, 2015

Soneto de um país

Meu país é verde e amarelo É distinto, pleno, continental. Negas dia-a-dia o infame brutal. Revela-te tardio, dúbio esmero. Do teu cansaço sonambulante,  O impávido colosso e esplêndido, Eivado de dor, exposto ao vilipêndio.  Caminhas ermo, ente perambulante. Tuas riquezas e teu espólio Dos teus saques, útero vil. Das tuas catacumbas, és pueril! Insólito dissimulas o imbróglio, O ranger dos dentes cibernéticos. Teu labor, tua tese, reje antitético. Fernando Lima

Protagonismo ciberntético

Esta é a geração dos internautas brasileiros. Estão em vários blogs, espalhados “subversivamente” na rede, graças à inclusão digital.  Se por um lado todos podem ter voz em seu nicho virtual, por outro lado, por vivermos num país que tem no governo e na educação enviesada a formação da imbecilidade – a internet se torna o palco de “pseudo-sumidades” a falar de diversos assuntos cujo conteúdo depõe em hashtag o flagrante seus ódios e superficialidade. Se eu disser que são esquerdistas, logo me chamarão de direitista, pois na cabeça deles, é só um biombo político-ideológico, no entanto, mais do que uma ideologia, trata-se de um processo cultural, fomentado pelo pensamento comunista, fadado a caduquice, seja na práxis (como prova a história como a antiga URSS e afins), seja no campo intelectual, que já não tem mais criatividade, e, por isto, amontoam livros maçantes e ainda induzem ao mimetismo universitário de babacas pela revolução sem causa; ou de propagandistas gratuitos de heróis

"Eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não me dizem nada"

Dizer o que pensa contra a corrente tornou-se ser reacionário… Ter convicção é logo confundido com arrogância… Autoestima é tomada como presunção… Amor próprio é tido por egoísmo… A piedade cristã virou coitadismo… Tudo isto, eivado de sutileza e torpor, domina os velhos discursos no seio de nossas universidades pelo país. E não para por aí, a própria formação já vem embutida com esse analfabetismo emocional, forjando assim, uma geração oligofrênica. Num país onde o Governo produz a cada dia em mídia massiva, através de seus muitos blogs e sites na rede, o silêncio velado pela ideologia do “bem”. Utilizando-se da “ciência de orelha” e apresentando alternativas travestidas de novo e que serão celebradas pelos undergrounds da imbecilidade, bem como pelos desonestos intelectuais. Exemplos práticos: TUDO A NOSSA VOLTA!!! Basta olhar o feed de notícias do facebook, as capas dos jornais eletrônicos e a burrice celebrada na TV. Se você quiser mesmo olhar para “além do mesmo”, ident

Pelo Social, sim! Socialismo?

Antes que digam que sou de Direita, elitista, fascista e ou qualquer outra pecha dos que não conseguem conviver com a diferença- embora esporre o palavreado da liberdade e da evolução-; desconhecendo minha origem pobre e de formação protestante, onde meu pai dizia que o que tínhamos para comer era “aquilo ali” e, não havia outro meio de termos abundância senão pela via da dignidade (ao que depois, já adulto, chamaram de mérito) -digo por que não sou de Esquerda nem do que a ela valha: - Pressupõem-se os detentores da bondade pelo social; - Falam de liberdade quando, na verdade, não a suportam pela vertigem que tem em pensar que é pelo suor, e, pelo suor apenas que deve o homem viver dignamente do seu trabalho; -Justificam a sacanagem e o jeitinho brasileiro, chamando o bandido de revolucionário e o saqueador de herói do povo; - São preguiçosos no pensar, e orelhas de academia; - Vivem a eterna autocomiseração sindicalista de “burgueses e proletariado”; - Ignoram a história, cristaliza

O Dia em que a vaca tossiu

Encerro 2014 acreditando ainda mais que a vaca tosse, o bode berra, o Galo canta e o veado corre. Saiba o porquê. … Era um cenário tórrido, árido. O Bode berrava incessantemente. Muitos diziam que esse bicho caatingueiro não tinha razões para essa “berração” toda. É que o Bode pregava que o deserto pode ser fértil. Pois a Caatinga é rica e mais promissora que as tetas da Vaca. Do outro lado, na imensidão dos mundos, os veados corriam de um lado para o outro apregoando que a Vaca, cujo leite era vermelho, seria a mãe de todos os bodes, veados e agregados bichanos. Incrédulos, o colegiado do Bode pedia sinal. O que abaixo escrevo então pôs-se a recitar: Vender Temaki na feira de Caruaru Fazer caudalosas correntes no Rio Pajeú Andar a pé ao meio-dia no Cariri Mas jamais verás a Vaca tossir […] Então o Bode inconformado, chamou os veados para conversar. Mas eles não sabiam fazer outra coisa senão correr para lá e para cá. Até que em um belo dia todos acordam com uma tosse que mais p