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Mostrando postagens de novembro, 2010

A infinita de Beethoven

Acabei de assistir o filme o Segredo de Beethoven e pensei comigo: pode o tormento produzir coisas divinas? Enquanto assistia, recordei-me também de Nietzsche, que, ao declarar a morte de Deus, no seu íntimo, urgia uma oração ao Deus Desconhecido. Beethoven buscava dentro de si a experiência com o divino, mas como seu ego estava tão estruturado nas glórias recebidas por suas geniais composições, isto o impedia que pudesse mergulhar na pacificação do ser que corre como um rio, sem interrupções, mas com movimentos fluídos, sem o principio meio e fim produzido em outras artes como a da engenharia da ponte apresentada pelo namorado da jovem Anna. O atormentado de espírito, tanto àqueles que até cometem suicídio, tem dentro de si, um grito inaudível, uma pulsão latente do amor e da graça de Deus que se manifesta numa sede estupenda. Mas, as aparências deste mundo, a cobiça dos olhos, sempre os põem em rotas que conduzem as cisternas de nosso egoísmo e da carência de autoafirmação, desviando