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A SÍNDROME DE SMEAGOL X GOLLUM E A REALPOLITIK DE MARINA SILVA

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Num percurso de 24 anos de esforço intelectual, tateei entre a aceitação da impotência de minha razão para entender a fé que professava (fideísmo) e o esforço de racionalizar a fim de não anular a elementar intelecção que pulsa dentro de mim (racionalismo). Foi indo a estes extremos que descobri que existe um “caminho do meio”. Que é possível pensar sem pôr em detrimento a fé, e vice-versa. Quando eu trouxe isto para o campo da análise política, foi um desastre. Este desastre teve a cooperação muito intensa da teologia da libertação (Boff e outros) e de teólogos de liberais (de Schleiermacher a Barth, este último considerado neo-ortodoxo) à minha formação. Quando se traduz um tal "caminho do meio" no campo da política, é mais ou menos o que C.S Lewis chamou de "esnobismo cronológico", no sentido de que "tudo o aquilo que ficou desatualizado, é por isso desprezível". Ou seja: não é por que temos supostas alternativas de espectros ide

PUNK ROCK , POLÍTICA E RELIGIÃO

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Aproxima-se o dia do Rock e descubro mais razões para comemorar com intensidade. Nesse trajeto de regresso as raízes, é que considero a minha apreciação pelo roquenrol quase em movimentos retilíneos de ida volta. Comecei pelo Guns N`Roses, namorando Led Zeplin, mas foi voltando que me encontrei com a The Velvet Underground (uma das bandas mais importantes para a origem do punk rock nos Estados Unidos) e, finalmente pude experimentar todas sensações que o Rock N' Roll em todas as suas dimensões vanguardistas e para o futuro. Sim, a Velvet Underground cruzou com as minhas experimentações do pensamento conservador no sentido de que reconhecer a máxima de Eclesiastes quanto a "nada haver de novo debaixo do sol", assim algumas sonoridades para mim antes estranhas e postuladas revolucionárias, em TVU encontraram sua matriz de starts e perfomances que o Rock incorporou, desde o Blues ao progressivo. Sim, a Velvet tem um viés conservador. As suas canções reconhecem

A morte no tribunal dos alhos e bugalhos

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Hesitei (como tenho sempre feito aqui desde um bom tempo) emitir qualquer opinião. E agora a respeito do episódio trágico da vereadora Marielle Franco. Isto porque o agito das turbas produz sempre aquele efeito de inércia para a burrice. Independente das linhas de investigação, é inevitável a repercussão quando se trata de uma persona de militância pública. Portanto, as comparações trarão generalizações que, embora tenham alguns aspectos verdadeiros, sempre pontuarão outros injustos e incompletos. Então separemos alhos de bugalhos! A repercussão interessa antes de tudo aos meios comunicação como produto. Embora a faça muitas vezes alinhados a vieses ideológicos, repercutir é seu dever para o bem ou para o mal.   Com isto quero dizer que o que está em voga não é a repercussão, mas a exploração da mesma para fins político-ideológicos e, isto ainda não é a questão. Qual é, então, a questão? A exploração política é, em bom baianês, “escrota” e nauseante, quando

II FÓRUM DE CONSCIENTIZAÇÃO POLÍTICA EM FEIRA DE SANTANA

Com muita satisfação anuncio o II Fórum de Conscientização Política que realizar-se-á no dia 28 de Outubro no Teatro Maestro Niro. Neste, tenho a honra em ser um dos palestrantes conforme indica a programação abaixo. Ao todo serão 15 palestrantes, se revezando em discussões de 20 minutos cada. Mais informações e reservas de ingressos podem ser feitas pelo whastapp (75) 99841-1414 . Serão apenas 300 vagas . CONFIRA A PROGRAMAÇÃO • 08:30 – ABERTURA DR. EDUARDO LEITE I MESA - MODERADOR: DR. CEZAR LEITE • 08:40 – 09:00    PROF. DR. DJALMA PINTO Ex-Procurador do Estado do Estado Ceará, Escritor e Palestrante. TEMA: CONSCIÊNCIA POLÍTICA • 09:00 – 09:20  PROF. DR. HÉLIO PONCE   Administrador de Empresas, Professor da UEFS e UNIFACS – Feira de Santana, BA TEMA: DESAFIOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA • 09:20 – 09:40    PROF . DR. ANTÔNIO S.M. RIBEIRO Professor da UEFS , Diretor Administrativo da SUDENE TEMA: CORRUPÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA • 09:40 – 10:00 PROF.

Sobre o Medo de Amar

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Escrevi em um post no facebook que o amor é ônus que a nossa geração, medrosa e frouxa, reage com desprezo. E que esta reação é sintomática, pois revela o que a gente vive tentando esconder: o medo de amar. Ao fazê-lo, eu tinha em mente as notícias correntes sobre homens japoneses que têm preferido bonecas de cera à mulheres. E também das novas configurações de relacionamento familiar   denominadas de “coparentalidade” ¹; onde gerar um filho é objeto de suprimento da carência afetiva de adultos, pouco importando os desajustes que estes “filhos da projeção carente” venham sofrer num mundo muito bagunçado onde o medo de amar de seus pais são uvas verdes que embotaram os seus dentinhos de leite. Estamos acostumados como antagonistas do amor os parceiros egoísmo e orgulho. Estes dois sentimentos tão íntimos e indissociáveis à nossa humanidade, parecem ser os fantasmas assombradores da caridade— uma espécie de “espíritos zombeteiros”, como dizem os espíritas kardecistas. Outra

O Problema Social que me interessa

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Em junho deste ano alguns jornais online noticiaram que, um garoto de 10 anos  foi morto em conflito com a polícia enquanto fugia, dirigindo o carro que acabara de assaltar. Agora, é a sua mãe quem acaba de ser presa, também, pelo crime de assalto. À época, esta mãe, em prantos, criticava a força policial e recebia forte apoio dos grupos de pressões de direitos humanos.  É claro que o apoio de grupos de esquerdas ou progressistas, como gostam de serem chamados, tem no seu cerne o problema social sob a dicotomia vítima versus opressor . O que ao meu ver, é a forma mais preguiçosa que se tem quando se trata de temas de grande complexidade como são os de natureza social. Neste caso em específico, o discurso dicotômico cuida de revisar sua teoria: incluindo a mãe numa cronologia de perfil sociológico que comprove um mal hereditário, justificando assim, a tragédia e ignorando o fato de que o ato do assalto possa ser, meramente, uma ação deliberada e banal.   Às justificativas pode

A enquete de Fátima Bernardes é o espelho de nossa esquizofrenia social

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Em primeiro lugar, a pergunta, convenhamos, não é das mais inteligentes. Aliás, ela não é inteligente de forma nenhuma. Tem um viés sensacionalista [por isto haver se tornado polêmica] e, sobretudo, divorciado da verdade. Afinal, nossa carta magna, a constituição federal, garante  o socorro ao policial quanto ao traficante. Assim como o código de conduta médica, como ressaltou o médico cirurgião que participava do programa. A despeito disto, sinceramente, às opiniões não foram distantes do problema, embora sob o efeito manada que a pergunta em si produz; alguns optaram por escolher um lado do painel para que assim pudessem responder a idiota pergunta editorial. No entanto, o que me chama a atenção mesmo, é o barulho nas redes sociais. Aí, sim, você vê a imbecilidade ganhar reverbérios enormes e dissonantes. Não demorou para que alguns postassem o lado escolhido a fim de serem solidários a tão sucateada polícia brasileira. Ironicamente, um ou dois dias depois, qua