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A morte no tribunal dos alhos e bugalhos

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Hesitei (como tenho sempre feito aqui desde um bom tempo) emitir qualquer opinião. E agora a respeito do episódio trágico da vereadora Marielle Franco. Isto porque o agito das turbas produz sempre aquele efeito de inércia para a burrice. Independente das linhas de investigação, é inevitável a repercussão quando se trata de uma persona de militância pública. Portanto, as comparações trarão generalizações que, embora tenham alguns aspectos verdadeiros, sempre pontuarão outros injustos e incompletos. Então separemos alhos de bugalhos! A repercussão interessa antes de tudo aos meios comunicação como produto. Embora a faça muitas vezes alinhados a vieses ideológicos, repercutir é seu dever para o bem ou para o mal.   Com isto quero dizer que o que está em voga não é a repercussão, mas a exploração da mesma para fins político-ideológicos e, isto ainda não é a questão. Qual é, então, a questão? A exploração política é, em bom baianês, “escrota” e nauseante, qua...

Que remédio social você anda tomando?

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Vivemos tempos muito complexos. Seja no ambiente político, religioso ou mesmo na secularidade. Nos dois primeiros, os sintomas são bem mais fáceis de identificar por serem mais previsíveis, enquanto que na secularidade, tudo fica mais obscuro, porque reúne elementos da política e da religião, seja negando ou afirmando, mas tudo em torno de uma aspiração ideológica. E leia-se aqui secularidade não a stricto sensu, mas no sentido do que é fora dos ambientes político e religioso. A despeito da distinção dos sintomas, os três ambientes se imiscuem na construção de nossa cultura e valores. E é exatamente por se imiscuírem com todas as nuances, perspectivas, negações, afirmações, construções teóricas etc., que se constitui a complexidade.  Ou seja: o homem social busca na política o ideal de felicidade, à semelhança do religioso na religião, assim como o agnóstico ou ateu no ceticismo e na descrença. No final, todos buscam uma solução mesmo que seja através da negação dela...

O que nos moverá em 2016. Ou: o paradoxo que nos oprime e nos liberta!

Eu poderia chamar de equilíbrio o que aqui chamo de paradoxo.  O problema é que ao fazê-lo, ignoro a natureza humana a altura de seu tempo – ou seja: vivemos tempos de polarizações. Isto posto, vale considerar que este ano nós brasileiros precisaremos de mais fibra, mais força e mais equilíbrio. Equilíbrio não é bem o nosso forte, ainda mais quando se trata das discussões em torno da Democracia; prefiro crer que o paradoxo de ver o Estado como promotor da felicidade e a imediata desilusão diante da realidade que cotidianamente nos acomete, reivindicando que sejamos mais protagonistas em razão da crise: será o que nos moverá no ano de 2016. Eis o diagnóstico: 1.        Os magnatas (empreiteiros/empresariado) beberão do seu próprio veneno pelo de fato de haverem vendido sua liberdade ao Estado; 2.        Os apaixonados ideologicamente pela Esquerda terão que viver a contradição de um governo eleito por eles co...