Deus, deuses, humanos e bichanos - o problema da linguagem
Em Jó 22, versos 2 e 3 diz: Pode alguém ser útil a Deus?/Mesmo um sábio, pode ser-lhe de algum proveito?/ Que prazer você daria ao Todo-poderoso se você fosse justo?/ Que é que ele ganharia se os seus caminhos fossem irrepreensíveis? Muitas são as vertentes teológicas que justificam a ligação do homem com o Divino, com o Supremo ou com Deus. Seja o tronco dessa ligação monoteísta ou politeísta, em dado momento, tudo passa pelo crivo da experiência pessoal de seus fiéis ou cultuadores. É justamente essa passagem, ambígua , que esconde grandes mistérios, mas também revela graves limitações. Aliás, não é mesmo fácil conciliar coisas do Divino (atemporal, incondicional, imprevisível) com coisas humanas (temporais, condicionais e previsíveis). Neste sentido, talvez o politeísmo estivesse à frente do monoteísmo quando mistura deuses e homens na mesma relação, mas, não consegue escapar da crise de temperamento de seus deuses, como as pragas de Apolo e a lança de ...