Aos doutos justicistas da rede!

Assistindo ao debate sobre os acordos de leniência. É assombroso ver os não limites do cinismo e seus discursos de sustentação que seriam risíveis de tão primários em suas falhas e erros, mas que se tornam como um tipo de diagnóstico patológico medonho: uma alteração do humano comum, que eu escrevi num rascunho de um texto poema-distópico em 2002, a que dei o possível nome de "redimidos" e que não foi resultado de nenhuma análise ou intuição. Mas, sei lá, talvez tenha sido. Nunca voltei ao poema. 

No fim, é só impossível achar graça das falhas óbvias dos discursos de defesa.

O cinismo discursivo é tanto que chega a um banditismo dos mais obscenos em todos da máquina, essa elite burocrática, do maior ao menor lá dentro.

Tudo ali está podre, e chega à alma dessas pessoas. E a luz sobre elas é implacável, ela "grita" os desajustes o tempo inteiro. Mas acender a luz já não faz nenhuma diferença, porque nada é maior que o compromisso, nem a razão ou a verdade.

Já não discernem o que veem à luz, sem submeter ao crivo do compromisso ou interesse.

(E os doutos justicistas das redes parecem todos sumir num silêncio curioso. E de caráter triste.)

Por Fabricia Miranda

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