Dirceu morrerá pela "Causa"?

Em nome de uma Causa há quem morra, se necessário for, e isto também se aplica a "Causas" equivocadas -por exemplo-, àquela abraçada pela militância petista que não consegue mais discernir entre as demandas da sociedade e as do partido.
Toda motivação gera uma premissa (ou mais), cujos desdobramentos da lógica em  curso se tornarão irrefutáveis pelo embotamento dos sentidos; da qual também o indivíduo se torna blasé, ignorando até mesmo as entranhas de seu brio. Pois bem, observem as palavras do ex-governador da Bahia e agora Ministro da Defesa, o senhor Jacques Wagner, conforme informações do Bahia Notícias:

Foto: Reprodução/ GloboNews
A presidente Dilma Rousseff se reuniu com a cúpula do governo na manhã desta segunda-feira (3) para discutir a coordenação política para o segundo semestre de 2015. O ministro da Defesa Jaques Wagner afirmou, em entrevista coletiva, que o tema foi debatido durante 90% da reunião e minimizou o impacto da prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu durante o encontro. “A prisão não foi comentada, apesar de todo mundo saber, foi notícia a manhã toda”, disse Wagner. Além disso, o ministro procurou pôr panos quentes em polêmicas relacionadas à possibilidade de o governo se envolver nas investigações. Além disso, o ex-governador da Bahia, falou sobre a economia do país, que poderia ser prejudicada com a prisão de Dirceu. "Precisamos ter estabilidade para que os investimentos ocorram normalmente. Estamos buscando retomar o crescimento”, declarou.

Volto:

 Percebam as falas do Ministro e entenderão a lógica de seu mundo: a Causa. Ele faz a delação antecipada dos fatos do grande imbróglio da corrupção brasileira ao dizer que a economia (os investimentos) serão impactados com as implicações da prisão de Dirceu. 

Há, porém, alguns que não conseguem ser gratos a evolução dos tempos como processo histórico e subestimam o fortalecimento das instituições democráticas, assim; preferem julgar conforme o biombo partidário.
Avaliações à partir da perspectiva partidária, não reforçam a grande possibilidade de que se faz desenhar: a verdadeira Causa é o Povo! Antes, reforçam as justificativas da "Causa", que tem na sua essência a manutenção do poder pelo poder.


O povo é o Poder!

Por Fernando Lima

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