O "Mito da Bolsa". Ou: As amarras da doutrinação petista
É a doutrinação que o
Partido dos Trabalhadores, Esquerda por autoatribuição, conseguiu
eloquentemente tornar-se maior que própria necessidade. Para isto, a
doutrinação petista reje-se pelo menos à partir de dois fatores
imprescindíveis: A sacralização estatal
da necessidade e a posologia da dependência. O primeiro precede o segundo,
distinguindo-se apenas pelo discurso enquanto o segundo por uma quantidade de
ações/medidas a conta-gotas.
Senão vejamos: o que
vem a ser a sacralização estatal da
necessidade? Este termo inspirativo a Ayn Rand em A Revolta de Atlas – é a
devoção altruísta que se impõe pelo coletivismo e interesses estatais. Aqui,
sobretudo, o exponho a luz do pragmatismo político patenteado pelo PT nos
últimos 12 anos que imbuído em suas estratégias de perenidade no poder,
valendo-se da adesão de artistas, intelectuais da academia, aparelhos do Estado
como o MEC na profusão educacional no ensino fundamental e médio, por exemplo,
e em todas as possíveis camadas sociocultural do país - sacralizou a necessidade, desdenhando das
equações mais simples como o aumento da adesão de beneficiados enquanto
apregoam o contraditório discurso da emancipação da miséria.
Detenho-me em falar o que vejo como Mito, e
não os “mitos” da passionalidade que precipitada e peremptoriamente fazem
afirmações respaldadas na ignorância sobre o assunto e a realidade
correspondente, tais como: “pobres fazem filhos para serem incluídos nos programas.”
– o que é um pre-conceito a rigor, uma vez que reduzir a questão a este aspecto
é ignorar diversos fatores de natureza sociocultural. É claro que,
inexoravelmente, qualquer assistência que não seja precedida de informação e
monitoria individualizada, sempre abrirá brechas para possibilidades como a de
mães pobres fazerem filhos para terem inclusão. É possível? sim! Mas passa
longe de ser uma constante e/ou fator determinante, embora seja elemento
constitutivo da sacralização estatal da
necessidade, visto que a primeira noção apreendida na sacralização estatal da necessidade é a onipotência do Estado sobre
a qual o governo do PT obteve grande êxito ao multiplicar as cabeças de sua
Hidra vermelha. Assim como quem instila o veneno e fabrica o antídoto-; é que a
doutrinação petista fabricou seus próprios remédios, com isto, prescrevendo a posologia da dependência. Nesta, o individuo
se ver obrigado a aceitar o ataque
mortal da Víbora Estatal e do mesmo receber a prescrição para sua
sobrevivência.
As doses são administradas a cada período eleitoral. No sertão, as
doses são cavalares do assistencialismo. Assistencialismo que encontra em
autarquias, órgãos como Embrapa, igrejas e entidades não-governamentais sua
efetivação de engenharia social, fabricando miséria, oferecendo esparadrapos
enquanto a ferida aprofunda-se como gangrena; mitigando consequências e
ignorando causas; oferecendo paliativos ao invés do resolução; apagando
incêndios e omitindo o a precaução. Ora, se o PT não poupou instrumentalizar
nem um órgão de relevante e reconhecida importância para o semiárido brasileiro
como a EMBRAPA na campanha da então candidata Dilma Roussef em 2014, assim como
os Correios e outros-; quem há de subestimar que sejam capazes de dosar a
conta-gotas a cura do “enfermo semiárido” a fim de manter mais de 1 (um) milhão
de sertanejo sob a posologia da
dependência?
Detive-me ao semiárido
brasileiro, os sertões, mas há de considerar o dobro espalhados nos diversos bolsões em pelo menos
8 estados do Nordeste e que estão fadados a morte lenta de suas liberdades e
crescimento através da doutrinação petista que depois de sacralizada a
necessidade, oferece gotas de solução de sua posologia com a vista tornar cada
vez mais entranhável e incontestavelmente o Mito da Bolsa e assim manter seu locus de controle externo, garantidor das
próximas eleições.
Fernando Lima.
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